ECOPOL Saúde

Abordagens do custo do ciclo de vida dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS): evidências para pensar suas implicações no SUS

Resumo

Decisões projetuais e estratégias de manutenção e operação prediais dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, quando baseadas na avaliação do custo do ciclo de vida, colaboram para maior eficiência no consumo de recursos e sustentabilidade. Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura disponível referente ao tema, levantando discussões pertinentes, referenciais e lacunas existentes para maior aprofundamento. Formulou-se uma sintaxe que expressa os polos de conteúdo da pesquisa para busca na base BVS e levantou-se publicações do Ministério da Saúde sobre o tema. Foram critérios de inclusão de textos a disponibilidade, o pertencimento à temática e a resposta à pergunta de pesquisa. Na BVS, totalizou-se 18 textos incluídos, todos estrangeiros, abrangendo diversas abordagens. Predominam estudos de caso, sobretudo de hospitais, com descrição de sistemas mais eficientes e estratégias de intervenção. O conceito de ‘custo do ciclo de vida’ da edificação, embora explícito em poucos textos (22%), orienta decisões e intervenções voltadas à recuperação do investimento na operação, e apesar de muitos estarem voltados à critérios ambientais, percebeu-se o contexto econômico como grande impulsionador das medidas voltadas a racionalização operacional nos edifícios. Foram levantadas três (3) publicações brasileiras que apresentam coerência com a evolução das discussões no exterior, ressalvando-se os limites na transposição dos conceitos. Constatou-se que a abordagem ainda é incipiente no SUS e que, além da questão do desfinanciamento do sistema, é necessário enfrentar problemas voltados à falta de ferramentas e informações e aos processos de projeto e gestão.
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