Plantas medicinais e Fitoterápicos: aspectos políticos, econômicos e (contras) sensos que (des) favorecem a pesquisa, produção, prescrição e uso no Brasil – Revisão Integrativa

Políticas públicas foram instituídas para promoção da prática integrativa com plantas
medicinais e fitoterápicos no Brasil. Esta revisão integrativa da literatura científica
contemplou os aspectos econômicos e as políticas públicas relacionadas às plantas
medicinais e fitoterápicos no Brasil, com destaque para o Sistema Único de Saúde.
Foram utilizadas três bases de dados e recuperados o total de 208 artigos. Após
avaliação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados nove artigos. As
plantas medicinais são utilizadas para fins terapêuticos, desde a antiguidade e com
crescente uso na atualidade, sobretudo após a publicação da Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e da Política Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF). Observou-se que houve maior concentração dos
programas implantados em municípios de maior população e com indicadores sociais e
econômicos, demonstrando a necessidade de expandir as políticas públicas e o acesso a
este recurso aos usuários de unidades federativas economicamente menos favorecidas.
O Brasil possui uma das maiores biodiversidades do mundo com grande potencial para
bioeconomia. Por outro lado, existe a necessidade de otimizar o processo de patente
para mitigação de eventos de biopirataria. Poucos medicamentos foram incorporados na
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), sendo somente dois
nativos e existe a oportunidade de padronizar no elenco nacional outros fitoterápicos
para tratamentos de doenças crônicas e de maior prevalência. O uso associado de
plantas medicinais aos medicamentos sintéticos é observado em populações
economicamente mais desenvolvidas. Entre os contrassensos, persistem os questionamentos acerca da padronização, qualidade, eficácia e segurança, bem como
estudos que assegurem a prática. A formação profissional desde as universidades aos
ambientes de trabalho promove segurança para os prescritores.

O pensamento econômico em saúde de Paul Singer e a análise crítica de Luiz Fernando da Silva

Este artigo visa compreender os desdobramentos do pensamento econômico aplicado a saúde de Paul Singer sob a análise crítica de Luiz Fernando da Silva. Para isto, realizou-se um ensaio crítico a partir de uma leitura sistemática da seção ‘Economia da Saúde’ do livro ‘Prevenir e Curar’ de Singer e colaboradores e, ainda, usou-se a categoria “deslocamento temático” fenômeno descrito por Luiz Fernando da Silva – para compreender as formas de distanciamento-ressignificação do marxismo que Singer e outros autores realizaram. O artigo está dividido em duas partes. Uma primeira que trata da biografia intelectual e político-institucional de Singer e Silva e uma segunda que trata do pensamento econômico de Singer e o deslocamento temático e teórico apontado Silva. Por fim, entende-se que a forma como Singer vê os serviços de saúde (SS) pode ser atribuída, em parte, ao deslocamento teórico que vivenciou, contudo, este serviu para desmistificar aspectos ‘puramente positivos’ dos SS.

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