Políticas públicas foram instituídas para promoção da prática integrativa com plantas
medicinais e fitoterápicos no Brasil. Esta revisão integrativa da literatura científica
contemplou os aspectos econômicos e as políticas públicas relacionadas às plantas
medicinais e fitoterápicos no Brasil, com destaque para o Sistema Único de Saúde.
Foram utilizadas três bases de dados e recuperados o total de 208 artigos. Após
avaliação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados nove artigos. As
plantas medicinais são utilizadas para fins terapêuticos, desde a antiguidade e com
crescente uso na atualidade, sobretudo após a publicação da Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e da Política Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF). Observou-se que houve maior concentração dos
programas implantados em municípios de maior população e com indicadores sociais e
econômicos, demonstrando a necessidade de expandir as políticas públicas e o acesso a
este recurso aos usuários de unidades federativas economicamente menos favorecidas.
O Brasil possui uma das maiores biodiversidades do mundo com grande potencial para
bioeconomia. Por outro lado, existe a necessidade de otimizar o processo de patente
para mitigação de eventos de biopirataria. Poucos medicamentos foram incorporados na
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), sendo somente dois
nativos e existe a oportunidade de padronizar no elenco nacional outros fitoterápicos
para tratamentos de doenças crônicas e de maior prevalência. O uso associado de
plantas medicinais aos medicamentos sintéticos é observado em populações
economicamente mais desenvolvidas. Entre os contrassensos, persistem os questionamentos acerca da padronização, qualidade, eficácia e segurança, bem como
estudos que assegurem a prática. A formação profissional desde as universidades aos
ambientes de trabalho promove segurança para os prescritores.