O trabalho não-remunerado feminino diante da Teoria da Reprodução Social no período da COVID-19: uma revisão sistemática crítica

Resumo

Revisou-se o que a literatura científica marxista apresenta sobre as modificações ocorridas no trabalho não-remunerado feminino durante o período de COVID-19 via Teoria da Reprodução Social (TRS). Foi realizada uma revisão sistemática crítica da literatura. Para isso selecionou-se periódicos do bando de dados científicos Taylor & Francis (T&F). A estratégia de busca usou os seguintes termos-livres: ‘Social Reproduction Theory’ (para TRS); ‘Unpaid Work’, ‘Female Unpaid Work’, ‘Female Work’, ‘Unpaid Labor’, ‘Female Labor’, ‘Reproductive Labor’, ‘Reproductive Work’, ‘Female Unpaid Labor’ (para trabalho não-remunerado feminino); e ‘COVID’, ‘Pandemia’ (para COVID-19). A língua inglesa foi o limite de idioma. A análise dos dados foi realizada por meio da análise crítica de conteúdo de abordagem marxista. Dos 971 estudos identificados, 7 artigos foram incluídos na revisão. Os seguintes elementos dos artigos foram sintetizados e criticados: os ‘métodos utilizados pelos estudos’; as ‘bases epistemológicas dos estudos’; os ‘casos estudados e contexto’; ‘o que a pandemia de COVID-19 proporcionou em relação ao trabalho feminino?’; ‘quais aspectos são criticados pela Teoria da Reprodução Social (TRS)?’; e, ‘quais as soluções que os artigos revisados apresentaram?’. Ainda foi identificada a posição de poder dos sujeitos autores dos artigos e construído um quadro teórico crítico. É possível dizer que houve modificações no trabalho não remunerado feminino durante o período de COVID-19 pela perspectiva da TRS. A TRS permitiu identificar melhor as diferenças entre os casos da relação entre o trabalho não remunerado feminino, sua inserção no capitalismo e o período pandêmico. As soluções apontadas em geral perpassam pela intervenção através de políticas públicas até aspectos mais relacionais entre homens e mulheres.
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