O objetivo deste estudo foi avaliar na literatura artigos científicos que desenvolvessem análises sobre a ações na diplomacia da vacina contra a COVID-19 realizadas pela China, Estados Unidos e Rússia, assim como discutir o impacto de suas ações para a geopolítica mundial. Foi realizada uma revisão sistemática de literatura, em março de 2022, em cinco bases de dados nacionais e internacionais (BVS, JSTOR, SAGE Publishing, MDPI e PubMed) com a combinação de diversos descritores como temas principais sendo Diplomacia, Vacinação, COVID-19, China, Rússia e Estados Unidos. Ao final da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, encontrou-se 15 artigos, dos quais somente 8 foram selecionados como pertinentes aos objetivos da análise. Identificou-se artigos de 2021 e 2022, sendo na maioria como país principal de análise a China. Verificou-se que desde o início da pandemia da COVID-19 houve uma corrida pela vacina; a China e a Rússia agiram rapidamente para desenvolver seus imunizantes nacionais para uso doméstico e internacional. Os dois países buscaram parcerias estratégicas para doação e comercialização dos mesmos, seguindo, em geral, os planos e parcerias políticas e econômicas anteriores à pandemia, além de, no caso chinês, procurar reverter a sua imagem prejudicada pela má gestão no estágio inicial de transmissão do vírus. Ambos obtiveram ganhos iniciais junto aos países em desenvolvimento ou menos desenvolvidos, sobretudo no caso dos chineses; porém conclui-se que são avanços ainda frágeis e limitados. Por outro lado, os Estados Unidos agiram tardiamente, após priorizar a necessidade doméstica e em reação às ações sino-russas, os norte-americanos conseguiram assim recuperar, ao que parece, a sua posição de liderança mundial. Verifica-se no cenário geopolítico o aumento da rivalidade entre as potências globais. Pela recenticidade do tema, avalia-se necessárias avaliações futuras para melhor apreciação.