Financiamento da Organização Mundial da Saúde e a influência dos contribuintes na alocação de recursos: uma revisão integrativa

Resumo

O custo estimado da Organização Mundial da Saúde (OMS) em termos de valor presente líquido ao longo dos próximos 10 anos, 2022-2031, é de US$ 33 bilhões e o retorno estimado do valor criado como resultado desse investimento, da forma mais conservadora, é da ordem entre US$ 1.15 trilhão e US$ 1,46 trilhão. O retorno resultante de investimento é, portanto, de US$ 35 para cada US$ 1 investido na OMS [1]. A fim de dispor deste recurso monetário a OMS é financiada através de contribuições regulares e de doações. Essa forma de financiamento por vezes é insuficiente para suas necessidades ou impõe restrições sofre a forma como o recurso pode ser alocado. Este estudo teve como objetivo revisar o que a literatura científica internacional apresenta sobre o financiamento da OMS e se existe influência dos contribuintes na alocação de recursos. Foi realizada uma revisão integrativa nas bases de dados da BVS e PubMed. Foram identificadas 142 publicações e 2 artigos foram incluídos na revisão após os procedimentos metodológicos. Os artigos desta revisão foram caracterizados em relação aos resultados e conclusões encontradas sobre o financiamento e alocação de recursos na OMS. Ainda, foram feitas: discussão sobre as limitações encontradas na metodologia e literatura acadêmica, reflexão sobre as dificuldades da OMS em estabelecer um mecanismo adequado de financiamento; e apontamentos sobre indícios de enfraquecimento da autonomia e centralidade da OMS na alocação dos recursos.
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