Melhorar as condições de saúde global representa um desafio significativo, sendo o
adequado financiamento dos sistemas de saúde um dos principais obstáculos a ser
superado, já que limitações nos mecanismos de alocação de recursos contribuem para
perpetuar desigualdades estruturais nos sistemas. No Brasil, o Sistema Único de Saúde
(SUS) tem como princípios fundamentais a universalidade, integridade e equidade. Em
um contexto social tão heterogêneo como o brasileiro, a equidade significa identificar
assimetrias, diversificar estratégias, ampliar o acesso e promover a melhoria das
condições de saúde de grupos marginalizados. Nesse sentido, o Movimento Negro (MN),
juntamente o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e o Ministério da Saúde (MS), traçaram
uma política, com diretrizes e ações voltadas à saúde da população negra, maior
contingente população brasileiro e que incide sobre os piores índices de saúde. Nesta
revisão integrativa da literatura, buscamos refletir sobre os aspectos econômicos da
Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) e apontar como
ocorrem as decisões econômicas em saúde em relação à população negra.