O câncer de mama e o câncer de colo de útero estão entre os cinco primeiros do ranking brasileiro em número de casos de câncer na mulher. No Brasil, segundo estimativa do Ministério da Saúde – INCA, de 2020 a 2022, haverá 625 mil novos casos de câncer para cada ano. O Ministério da Saúde brasileiro indica o rastreamento com exames específicos para os cânceres de mama e do colo do útero e a Organização Mundial da Saúde propõe medidas de ações estratégicas para estruturar o enfrentamento ao câncer. Paralelo a esses dados, no cenário econômico, em 2017, estima-se que R$ 18,9 bilhões foram gastos com o tratamento oncológico entre procedimentos hospitalares e terapias. Este artigo fez uma revisão integrativa da literatura sobre estudos que fossem possíveis relacionar o diagnóstico precoce para câncer de colo de útero e de mama ao impacto financeiro no SUS. A seleção transcorreu num total de 8 artigos. Dentre eles, foi possível abordar o acesso e a discussão de protocolos do rastreamento populacional dos exames relacionados ao câncer cervical e de mama; a capacitação dos profissionais da saúde como orientadores e a decorrente melhora na adesão das pacientes; e a demonstração de custos, comparando o valor do tratamento precoce ao oncológico total. Faz-se necessários novos estudos quanto a análise de tecnologias mais recentes, as quais favoreçam diagnósticos mais assertivos. Por fim, reforça-se que a alocação de recursos e o acesso devem acontecer, a fim de maximizar a saúde da população feminina e respectivos benefícios de um diagnóstico precoce.