O ascenso contemporâneo de governos de extrema-direita: Bolsonaro no Brasil; Trump nos EUA; Erdoğan na Turquia; e as manifestações extremistas na Itália com Meloni; e na França com Le Pen, inquiriu caracterizações como: fascismo do século XXI; neofascismo; fascismo tropical, etc. Diante desse contexto, objetivamos no presente artigo, realizar um itinerário reflexivo sobre a produção teórica do marxismo clássico sobre o fascismo do entreguerras. Metodologicamente, nos baseamos na produção autores como: Leon Trotsky; Clara Zetkin; e Antonio Gramsci. A partir da leitura e seleção dos principais argumentos desses intelectuais, entendemos que o fascismo do entreguerras implicou não apenas numa ação burguesa direcionada à eliminação violenta dos organismos políticos socialistas e comunistas, mas num fenômeno classista, que teve na pequena burguesia a consolidação de um fenômeno de massas com vistas a manutenção da ordem capitalista.